domingo, 13 de fevereiro de 2011

Página do Diário de uma Angel::::Free (As portas da Liberdade)

Larga-me!, que queres de mim? Deixa-me em paz!
Que fiz eu?
Larga-me! Tenho medo das sombras! Larga-me!
Não quero ir! Que fiz eu?
Estou chorando… irritada, gritando… não tens pena?!
Que fiz eu? Porquê eu!?!

Agora trancas-me numa gaiola porquê? É pequena... parece que as grades se estão encolhendo de segundo a segundo, não consigo respirar, entender…
Porque me estás sufocando lentamente?
Que fiz eu?
Tens prazer em ver-me sofrer?! Tira-me daqui!
Vais-te embora? Porque não encaras a realidade!, talvez a tua ira por mim não seja a suficiente para me desprezares tanto!
Que fiz eu (para me odiares tanto)?
Fico sozinha, trancada a sete chaves nesta prisão sombria…
Mas ele (o desconhecido sombrio) sempre acabou por voltar…
Tira-me daqui! Grito, grito… nada, não pára de olhar para mim, sem se mexer.
És surdo!, não ouves,… deixa-me ir!
Que fiz eu?
Continuo gritando, chorando de raiva e estupidez, abano as grades, mas nada… e ele… nada.
Ficou estático como uma estátua perfeita.
Perfeita!?! – Ele é o inimigo!
Solta-me! Que fiz eu?
Frustrada, paro e por uma fracção de segundo os olhos dele que me pareceram cristais vivos neste mar morto (ai! como eram lindos!, ai! pára com essas coisas!) debateram-se nos meus, provocando-me uma dor prazerosa (mas que raio!).
Deixo cair olhar o mais rapidamente possível e abato-me no chão frio agarrada aos meus joelhos vencida, apreciando a minha angústia interior... Que fiz eu? (pensei)
Não o ouvi… mas senti um “click” da fechadura, no meio deste silêncio mortal.
Será a liberdade?!
Espreito por entre os meus braços, mas não o vejo… mas isso não significa nada… levanto a cabeça para cima, mas mesmo assim, não o vejo.
Um, dois, três… saio da gaiola/prisão e começo a correr que nem uma louca para o infinito…
Não vi de onde ele veio, mas apanhou-me (outra vez!) facilmente, prendendo-me os pulsos com as suas mãos macias (isto não está a acontecer, talvez o meu cérebro esteja desligado! - só pode ser).
Fico imóvel de medo e ansiedade não sei do quê (a ansiedade está a ultrapassar o meu medo), de cabeça para baixo… Tento escapar, mas nada…
Grito, mas é-lhe indiferente…
Até que sem querer olho directamente para ele e lhe grito mais que nunca:
Que fiz eu?
Continua a olhar para mim sem me responder (cobarde), até que a boca dele se mexe de uma leveza tal e diz:
 - Nada!... Esperei tanto por ti, que quase dei em louco! Mas quando finalmente apareces-te, tinha medo de te perder para sempre!
Não sabia o que dizer (perdi a vontade de gritar e fugir) e fiquei ali em transe, hipnotizada pela sua beleza! Ele também nada disse…
Nada mais havia a dizer, excepto… (amo-te – pensei silenciosamente).
Desprevenida, beijou-me com tal intensidade que o meu fogo explodiu naquele beijo maravilhoso! (maravilhoso!?!.... sim!, podem chamar-me louca, não me importo, mas é verdade).
A escuridão desapareceu e a luz encheu a nossa alma mutuamente!

P:S: Não deixem de acreditar no verdadeiro amor, a liberdade serve para isso.....  ;D


By: Angel of the Underworld
Gostas-te? Vê mais “páginas do diário de uma Angel” na postagem de 06/12/10 e 27/01/11.  Comenta!.........;D

1 comentário:

  1. Senti ame presa ele me libertou mas me colocou de volta quando partiu sem olhar para traz
    Beijos M.J LOREDO

    ResponderEliminar